segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Rosh Hashaná (Ano Novo Judaico)


No dia 16 de setembro, os judeus, comemoram seu ano novo. É nessas horas, de festividade, que conseguimos ver o quanto os alimentos possuem influência em suas vidas, em suas crenças e tradições, suas mesas são fartas de alimentos especiais, que possuem um valor histórico e simbólico, fazendo com que a comida seja parte significativa de sua cultura.
Para eles os alimentos têm um valor simbólico enorme, não é usada apenas como meio de sobrevivência ou prazer. As refeições e suas preparações são cheias de regras e rituais. “A culinária judaica é rica e variada, refletindo a absorção e adaptabilidade criativa do povo judeu aos lugares e sabores por onde passavam.”, diz a nutricionista Miriam Lobel.
A saudação usada no ano novo judeu é “Shaná Tová”, e significa: Tenha um ano bom e doce. Para ter-se um ano novo bom e doce, vários alimentos são usados, em especial o mel, que é o que confere a doçura para o ano que está chegando.  As refeições da noite de domingo são abertas comendo-se uma fatia de maça banhada no mel, além disso, os pratos salgados não podem ser nem apimentados demais, nem muito ácidos. Além da maça banhada no mel, há mais outros dois pratos que não podem faltar, o pão trançado em forma de circulo e as cenouras refogadas, os dois são feitos com mel. O pão tem formato de circulo, pois é símbolo de eternidade/continuidade, e assim como o circulo, não há fim. Já as cenouras são refogadas no mel, e possuem três significados, as rodelas lembram moedas, que são símbolo de prosperidade, também simbolizam multiplicação, e o mel, dá a doçura. Para os judeus o alimento é muito precioso, possui vários significados, e até mesmo poder de realizar desejos, prova disso é que para cada alimento simbólico, usado na noite de ano novo, um diferente pedido é feito.
Na cultura judaica, a frase “Você é o que você come”, é extremamente importante e respeitada, uma vez que a maioria dos alimentos possui um significado. Os hábitos alimentares caracterizam as pessoas, por isso eles obedecem ao conjunto de leis do Torá (bíblia judaica), lá está o que é apto para comer. Os alimentos próprios para alimentação são chamados de Kasher ou Kosher, e os que são proibidos, são chamados de Taref. Os judeus levam esses costumes muito a serio, são passados de geração para geração. A alimentação deles tem uma espécie de magia, ela é sagrada e muito respeitada. É bonito saber que um povo dá todo esse valor para alimentação, que por trás de cada um há um significado, algo que eles acreditem e valorizem. Porém, no meu ponto de vista, há também um pouco de exagero, pelo fato de alimentos serem proibidos, pois não são considerados bom pelo Torá.
Bom, cultura é cultura, cada povo tem a sua, e no caso dos judeus conseguimos facilmente ver como a alimentação molda a cultura deles, conseguimos ver através dela que eles são um povo cheio de crenças e regras, mas que também dão muito valor a certas coisas.









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